ATA DA DÉCIMA QUARTA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 10-12-2008.

 


Aos dez dias do mês de dezembro do ano de dois mil e oito, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às dezessete horas e treze minutos, foi realizada a chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Claudio Sebenelo, DJ Cassiá Gomes, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Mario Fraga, Maristela Maffei, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e iniciada a ORDEM DO DIA. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Carlos Todeschini, Marcelo Danéris e Valdir Caetano. A seguir, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo Vereador Professor Garcia, solicitando que as Emendas nos 53, 54, 55 e 65, apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 050/08, fossem apreciadas conjuntamente. Foram votadas destacada e conjuntamente e rejeitadas as Emendas nos 53, 54, 55 e 65 apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 050/08, por dezenove votos NÃO e cinco ABSTENÇÕES, em votação nominal solicitada pelo Vereador Adeli Sell, tendo votado Não os Vereadores Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, DJ Cassiá Gomes, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Mario Fraga, Maristela Maffei, Mauro Zacher, Nilo Santos e Professor Garcia e optado pela Abstenção os Vereadores Adeli Sell, Carlos Comassetto, Guilherme Barbosa e Mauro Pinheiro e a Vereadora Sofia Cavedon. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 24, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 050/08, por oito votos SIM, doze votos NÃO e três ABSTENÇÕES, após ser encaminhada à votação pelos Vereadores Carlos Comassetto, Sofia Cavedon e Luiz Braz, em votação nominal solicitada pela Bancada do PT, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Elói Guimarães, Guilherme Barbosa, Marcelo Danéris, Maristela Maffei e Mauro Pinheiro, Não os Vereadores Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, DJ Cassiá Gomes, Elias Vidal, Ervino Besson, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Mario Fraga, Mauro Zacher, Nilo Santos e Professor Garcia e optado pela Abstenção os Vereadores Dr. Goulart e Luiz Braz e a Vereadora Sofia Cavedon. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 23, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 050/08, por dez votos SIM, quatorze votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Professor Garcia, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Dr. Goulart, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, Marcelo Danéris, Maristela Maffei, Mauro Pinheiro e Sofia Cavedon, Não os Vereadores Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Dr. Raul, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Mario Fraga, Mauro Zacher, Nilo Santos e Professor Garcia e optado pela Abstenção o Vereador Luiz Braz. Na oportunidade, o Vereador DJ Cassiá Gomes registrou sua intenção de votar favoravelmente à Emenda nº 23, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 050/08. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 27, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 050/08, por oito votos SIM e quinze votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Aldacir Oliboni, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Guilherme Barbosa, Marcelo Danéris, Maristela Maffei, Mauro Pinheiro e Sofia Cavedon e Não os Vereadores Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, DJ Cassiá Gomes, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Mario Fraga, Mauro Zacher e Professor Garcia. Em continuidade, os Vereadores Marcelo Danéris e Maristela Maffei manifestaram-se em relação à presença de Vereadores, respectivamente, das Bancadas do PT e do PCdoB na Ordem do Dia da presente Sessão. A seguir, foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 28, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 050/08, por doze votos SIM, quatorze votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, após ser encaminhada à votação pelos Vereadores Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, José Ismael Heinen e Luiz Braz, em votação nominal solicitada pela Bancada do PT, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, DJ Cassiá Gomes, Dr. Goulart, Dr. Raul, Guilherme Barbosa, Marcelo Danéris, Maristela Maffei, Mauro Pinheiro e Sofia Cavedon, Não os Vereadores Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Mario Fraga, Mauro Zacher, Professor Garcia e Valdir Caetano e optado pela Abstenção o Vereador João Antonio Dib. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 29, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 050/08, considerando-se prejudicada a Subemenda nº 01 aposta, por nove votos SIM, dez votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, após ser encaminhada à votação pelos Vereadores Aldacir Oliboni, João Antonio Dib, Claudio Sebenelo, Maristela Maffei, Ervino Besson, Carlos Comassetto e Alceu Brasinha, em votação nominal solicitada pela Bancada do PT, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Dr. Goulart, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Maristela Maffei e Mauro Pinheiro, Não os Vereadores Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, DJ Cassiá Gomes, Elias Vidal, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, José Ismael Heinen, Mario Fraga e Professor Garcia e optado pela Abstenção os Vereadores Dr. Raul e João Antonio Dib. Na ocasião, em face de Questão de Ordem formulada pelo Vereador Aldacir Oliboni, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca da possibilidade de renovação da votação da Emenda nº 29, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 050/08, tendo-se manifestado a respeito o Vereador Luiz Braz. Após, o Vereador Carlos Comassetto manifestou-se, informando a concordância das Bancadas do PT e do PCdoB para que as Emendas nos 30, 31, 32, 33, 34 e 40, apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 050/08, fossem apreciadas conjuntamente. Em continuidade, foram votadas destacada e conjuntamente e rejeitadas as Emendas nos 30, 31, 32, 33, 34 e 40, apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 050/08, por seis votos SIM, quinze votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Aldacir Oliboni, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Marcelo Danéris e Mauro Pinheiro, Não os Vereadores Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, DJ Cassiá Gomes, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Mario Fraga, Maristela Maffei e Professor Garcia e optado pela Abstenção o Vereador João Antonio Dib. Em prosseguimento, os Vereadores Professor Garcia e João Antonio Dib manifestaram-se acerca dos trabalhos da presente Sessão. Às dezoito horas e quarenta e seis minutos, nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Sebastião Melo e Claudio Sebenelo e secretariados pelo Vereador Ervino Besson. Do que eu, Ervino Besson, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após aprovada pela Mesa Diretora, nos termos do artigo 149, parágrafo único, do Regimento, será assinada pela maioria dos seus integrantes

 

 


O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Havendo quórum passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 5938/08 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 050/08, que estima a Receita e fixa a Despesa do Município de Porto Alegre para o exercício econômico-financeiro de 2009. Com Emendas nos 01 a 71 e Subemendas nº 01 às Emendas nos 22, 25, 29, 35, 36, 37, 41, 42, 44, 48, 50, 51, 57, 60 e 68.

 

Pareceres:

- da CEFOR. Relator Ver. Luiz Braz:

a)  pela aprovação do Projeto de Lei do Executivo nº 050/08.

b) pela aprovação das Emendas nos: 22, com Subemenda nº 01; 25 com Subemenda nº 01; 29, com Subemenda nº 01; 30; 35 com Subemenda nº 01; 36, com Subemenda nº 01; 37, com Subemenda nº 01; 41, com Subemenda nº 01; 42, com Subemenda nº 01; 44, com Subemenda nº 01; 48, com Subemenda nº 01; 50, com Subemenda nº 01; 51, com Subemenda nº 01; 57, com Subemenda nº 01; 60, com Subemenda nº 01; 62; 65; 68, com Subemenda nº 01; 70 e 71 de Relator.

c) pela rejeição das Emendas nos: 01 a 21, 23, 24, 26, 27, 28, 31 a 34, 38, 39, 40, 43, 45, 46, 47, 49, 52 a 56, 58, 59, 61, 63, 64, 66, 67 e 69.

 

Observações:

- para aprovação, maioria simples de votos, presente a maioria absoluta dos Vereadores – Art. 53, “caput”, c/c Art. 82, “caput”, da LOM.

- o Projeto será votado com as Emendas com Parecer pela aprovação, nos termos do     Art. 120, VI, do Regimento da CMPA;

- para a votação em separado de Emenda com Parecer pela aprovação ou rejeição, será necessário requerimento subscrito por um terço dos membros da Casa –  Art. 120, VI, do Regimento da CMPA;

- após a aprovação de Parecer na CEFOR e durante a Ordem do Dia não serão admitidas Emendas (Art. 120, § 1º, do Regimento);

- incluído na Ordem do Dia em 26-11-08;

- aprovado o Projeto; aprovadas as Emendas e as Subemendas não destacadas, com parecer favorável da CEFOR em 03-12-08;

- votadas as Emendas nos 01, 11, 12 e 13 em 08-12-08.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA (Requerimento): Presidente, já que nós vamos, de imediato, votar as Emendas, requeiro que passemos a analisar, em bloco, as Emendas nºs 53, 54, 55 e 65. São três Emendas de autoria do Ver. Beto Moesch e uma do Ver. João Carlos Nedel, os autores concordaram com a proposição. Conversamos também com o Líder do PT, Ver. Carlos Comassetto, para saber se havia acordo.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Professor Garcia. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Adeli Sell e outros, em bloco, as Emendas nºs 53, 54, 55 e 65, destacadas, ao PLE nº 050/08. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADAS por 19 votos NÃO e 05 ABSTENÇÕES.

 Em votação a Emenda nº 24, destacada, ao PLE nº 050/08. (Pausa.) O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 24, destacada, ao PLE nº 050/08.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; colegas Vereadores, Vereadoras, a Lei Orgânica do Município tem uma prerrogativa para as emendas populares: tem-se que colher trezentas assinaturas da sua entidade em  Porto Alegre. O tema das emendas populares, Sr. Presidente, não é amplamente divulgado por esta Casa. Aquelas instituições e entidades que ficam sabendo buscam colher assinaturas. Aqui há a entidade chamada Cefasa, que tem um projeto relacionado à formação profissional, na área do futebol, para meninos de rua lá na Região Norte, no Sarandi. Por ali já passaram vários meninos e meninas, principalmente meninos, que foram acolhidos pelos grandes clubes de futebol, e muitos deles já estão jogando fora do Brasil, qualificaram-se - e eram crianças de rua! Portanto, Ver. Mario Fraga, que trabalha muito com o tema do esporte amador, uma das portas de entrada dos profissionais se faz por meio dessas escolinhas nas comunidades.

A comunidade nos procurou, e eu encaminhei a Emenda ao nosso Relator, Ver. Luiz Braz. O Ver. Luiz Braz acolheu a Emenda, apresentou à CEFOR para aprovação, mas, por orientação do Ver. Professor Garcia, esta Emenda foi rejeitada na segunda análise da Comissão. O Ver. Luiz Braz se sensibilizou, no primeiro momento, com esta comunidade e apresentou a Emenda para ser aprovada. Agora, o Líder do Governo está tratando desses temas com dois pesos e duas medidas, porque, no mesmo sentido, foi acolhida a Emenda nº 35, da Instituição Adventista Sul-Rio-Grandense de Educação e Assistência Social, orientada e coordenada pelo Ver. Elias Vidal, disponibilizando recursos para o desenvolvimento de programas do atendimento às camadas mais carentes da população, ministrando cursos de aprendizado em artes manuais e artesanato às crianças e aos adolescentes - uma Emenda que não tem nada de diferente da apresentada por nós!

Quero que seja respondido aqui: por que a Emenda do Ver. Elias Vidal - que tem todo o mérito, e é da base do Governo - foi aprovada? Uma Emenda da nossa orientação - e nossa porque fomos lá conhecer o trabalho daquela comunidade - foi encaminhada ao Relator, Ver. Luiz Braz, que, num primeiro momento, se sensibilizou e sugeriu a aprovação da Emenda. Sabem qual é o valor da Emenda? A Emenda que o Ver. Elias Vidal propôs é de 100 mil reais e foi aprovada; a Emenda que nós propusemos é de 50 mil reais e tem o mesmo caráter! O Ver. Professor Garcia insiste no tema da Romaria - ele bem sabe que havia um compromisso do Prefeito Municipal, de 20 mil reais, apoiando a Romaria das Águas, para que voltasse a ser uma atividade de caráter cultural e turístico na cidade de Porto Alegre. E também, para o Professor Garcia saber, o Governo Federal está contribuindo com 50 mil reais para a Romaria das Águas, portanto os 20 mil reais são simplesmente uma complementação, uma migalha do Orçamento.

Ver. Elias Vidal, o senhor já teve a sua Emenda aprovada, e Vereadores DJ Cassiá, Mario Fraga e Luiz Braz, que trabalham com as comunidades carentes esportivas: saibam que é exatamente disso que nós estamos tratando. Um grande abraço e muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

(O Ver. Claudio Sebenelo assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 24, destacada, ao PLE nº 050/08.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Ver. Claudio Sebenelo, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, quero aqui fazer uma reflexão, a mesma que fiz no ano passado, Ver. Braz, e acredito que no ano retrasado também. O Governo Fogaça inaugurou uma forma de destinação de recursos às entidades da sociedade civil de Porto Alegre muito perigosa na minha avaliação. Nós vínhamos construindo em Porto Alegre uma metodologia, em instâncias bastante republicanas, de discussão dos recursos da criança e do adolescente em Porto Alegre e vários instrumentos.

As entidades têm direito de acessar recursos do Fundo da Criança e do Adolescente, o Funcriança, a partir de editais públicos. Nesse Fundo, o Governo põe uma parte de recursos: 1,5 milhão de reais do ano passado, valor colocado, é bem verdade, somente no início deste ano, atrasou um ano inteiro. As empresas e pessoas físicas podem depositar recursos no Fundo, ou destinar para uma entidade - e aí paga um pedágio, 10% ficam para o geral das entidades -, ou destinar de forma geral para as políticas da criança e do adolescente na cidade de Porto Alegre. Isso tem alcançado valores bem importantes, poderia alcançar valores muito maiores se fizéssemos divulgação, investimento, para que os cidadãos desta Cidade saibam que podem apoiar essa rede enorme da sociedade civil de atendimento à criança e ao adolescente, porque chega a cinqüenta mil o número de crianças e adolescentes na cidade de Porto Alegre. E mais de quatrocentas entidades atuam nessa rede. Portanto, os recursos chegam através do Funcriança por doações diretas de empresas ou pessoas - direcionadas, mas passando pelo Funcriança - ou através dos recursos públicos. 

O outro caminho é o convênio. E esses convênios foram discutidos, construídos, deliberados e encaminhados via Orçamento Participativo. Eu vou citar, o Ver. Professor Garcia conhece: é o convênio Creche Comunitária, é o convênio Trabalho Educativo, é o convênio Apoio Sócio-Educativo, SASE, que atende crianças de 12 a 15 anos e depois as encaminha para o trabalho educativo; é o convênio dos abrigos, é uma série de convênios, e o único novo convênio do Governo Fogaça é o direcionado a entidades que atuam com crianças com deficiência. Então, ou era através de convênio, ou através do Funcriança, ou, no caso de obras e investimentos, através do Orçamento Participativo, construção de creche comunitária.

O Governo Fogaça inaugura as Emendas parlamentares para entidades dessa rede. Por isso o Ver. Carlos Comassetto vem aqui e pergunta: “Por que para esta sim e para aquela não?” Porque aí começou o casuísmo, o clientelismo, talvez, pois, se um Vereador vai aprovando emenda para uma entidade, essa entidade se torna cliente ou troca favores com esse Vereador. Eu já escutei muitas vezes aqui criticarem as Emendas da Câmara Federal que criam currais eleitorais, que criam a dependência de cidades, de comunidades, Emendas parlamentares que tiram o caráter republicano da discussão do Orçamento.

Então, eu quero insistir aqui, Ver. Professor Garcia: é muito perigosa essa nova forma de distribuir recursos para entidades que atendem crianças e adolescentes, isso aparece aqui como Emenda de Vereador. Não que as entidades não mereçam, não que não tenham um trabalho sério, só que quebra qualquer regra. A regra agora, então, é ser um Vereador, é ser um Vereador da base do Governo, e as entidades que não optam por esse caminho? As entidades que preferem o Funcriança, que preferem Orçamento Participativo, que é o lugar aonde todas vão? Então, está errado a Relatoria acolher Emenda de Vereador para beneficiar entidade A, B ou C. Esta Cidade tem outra cultura, tem outra lógica, não devemos submetê-la ao casuísmo, clientelismo, preferencialismo de Vereador A, B ou C ou de Partido. Está errado, nós temos um processo republicano que eu quero vir aqui defender, e quem, Ver. Garcia, está burlando esse processo é o Prefeito Fogaça e a Relatoria com as Emendas que estão sendo propostas e acolhidas nesta Casa.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 24, destacada, ao PLE nº 050/08.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Ver. Claudio Sebenelo, Presidente; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores, minha amiga e Verª Sofia Cavedon, V. Exa. tem sido uma excelente Vereadora neste plenário, mas acredito que tenha cometido um equívoco agora no seu encaminhamento. Se o Prefeito Fogaça é o responsável por alguns Vereadores apresentarem Emendas ao Orçamento, destinando poucos recursos - porque todas as Emendas, somadas, chegam a dois milhões de reais -, eu poderia dizer então que o Presidente Lula é responsável por cada Deputado poder fazer oito milhões de Emendas no Orçamento. É a mesma coisa, eu não posso culpar o Presidente Lula pelo fato de cada Deputado, cada Senador - e lá são quinhentos e tantos - apresentar oito milhões de Emendas. Acredito que exista um equívoco já do ano das legislações anteriores, Ver. Guilherme Barbosa, e temos que corrigir.

Os Vereadores, independentemente de serem da situação ou da oposição, que conhecem o trabalho de algumas entidades, que sabem que o trabalho é sério... Não há por que esse Vereador não vir a plenário e propor uma emenda ao Orçamento. Não sei se vai ser aprovada ou rejeitada, mas acho que não posso tirar do Vereador, Ver. Marcelo Danéris, o direito de ele vir aqui propor uma emenda. Eu tentei, como Relator, aprovar as Emendas de pequeno valor, que eram destinadas a determinadas entidades, inclusive fizemos Subemendas para tentar salvar algumas das Emendas, porque eu acho... Conheço, por exemplo, a entidade que foi citada aqui e que foi beneficiada pelo Ver. Elias Vidal, é uma entidade que cuida de pessoas carentes. Eu já acompanhei esse trabalho em alguns locais, inclusive lá na Vila Santa Rosa, com o Pastor Assis. Muito embora eu não seja adventista, gosto muito do trabalho de algumas entidades ligadas aos adventistas, e, em relação a esse trabalho que é executado, vi que realmente ele surte efeito, é um atendimento feito a uma população muito carente. Acredito que está bem destinado o valor, assim como outros valores podem ser destinados aqui por Vereadores.

O Vereador foi eleito por um conjunto da sociedade, por um segmento da sociedade; ele não vem aqui para lesar esse segmento da sociedade ou outro segmento da sociedade. Não é crime o Vereador apresentar uma emenda. Num primeiro momento, Ver. Comassetto, nós fomos favoráveis à sua Emenda. Não há por que o Vereador não ter oportunidade de apresentar uma Emenda dessa, o Vereador não está cometendo nenhum ato contrário aos interesses da sociedade por apresentar uma emenda dessa. Acho que temos que negociar melhor com o Executivo para que os Vereadores possam, sim, em contato com as entidades que eles conhecem, sugerir, quem sabe, recursos das mais diversas ordens para que essas entidades possam ser atendidas.

Acho que essa área de Assistência Social, infelizmente, ainda é muito mal trabalhada no Município, não apenas agora; ao longo do tempo, a área de Assistência Social tem sido muito mal trabalhada, e essas entidades, nos mais diversos cantos da Cidade, eu acho que deveriam receber, realmente, um melhor atendimento por parte das Administrações Públicas, porque elas têm o know how, têm o conhecimento em suas regiões, sabem exatamente como esses recursos podem chegar lá, causando um efeito mais benéfico para a população. Muitas vezes esses recursos são transferidos para fundos, e a gente nunca sabe como esses fundos são administrados; às vezes, o recurso não consegue chegar lá na ponta da maneira como deveria chegar. Com toda a certeza, a Emenda do Ver. Carlos Comassetto, que nós referendamos no nosso Orçamento num primeiro momento, é um tipo de Emenda que deve ser defendida, para que o Vereador, aqui nesta Casa, possa continuar trabalhando desta maneira: não ter medo de entrar em contato com as comunidades e tentar, de alguma forma, ajudar as comunidades, fazendo com que os recursos públicos possam ser bem distribuídos. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Muito obrigado, Ver. Luiz Braz.

Em votação nominal, solicitada pela Bancada do Partido dos Trabalhadores, a Emenda nº 24, destacada, ao PLE nº 050/08. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 08 votos SIM, 12 votos NÃO e 03 ABSTENÇÕES.

Srs. Vereadores, quando do encerramento da Sessão Ordinária, estávamos votando a Emenda nº 23. Portanto, tenho que recolocar somente a votação, porque estava em processo de votação.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Professor Garcia, a Emenda nº 23, destacada, ao PLE n.º 050/08. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 10 votos SIM, 14 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.

Registramos o voto “sim” do Ver. DJ Cássia.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Aldacir Oliboni, a Emenda nº 27, destacada, ao PLE nº 050/08. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 08 votos SIM e 15 votos NÃO.

 

O SR. MARCELO DANÉRIS: Sr. Presidente, apenas para fazer um registro. Já que várias vezes a Bancada do Partido dos Trabalhadores foi atacada, quero dizer que, graças à presença da Bancada do Partido dos Trabalhadores, o Governo está conseguindo concluir a votação do Orçamento. Sem a presença da Bancada do Partido dos Trabalhadores não haveria quórum para continuar a Sessão. (Palmas.)

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Só para registro, gostaria de dizer que essa não é a única Bancada que está aqui, a do PCdoB também está. Obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Presidência registra que todas as Bancadas têm representação no Plenário.

Em votação a Emenda nº 28, destacada, ao PLE nº 050/08. (Pausa.) O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 28, destacada, ao PLE nº 050/08.

 

O SR. ALDACIR OLIBONI: Nobre Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, a Emenda nº 28 ao Orçamento Municipal trata de destinar dois milhões de reais para o Pronto-Socorro da Zona Sul, mais precisamente ao Hospital Parque Belém. Para quem está lembrado, há pouco tempo foi viabilizado o pronto atendimento da Zona Sul no Parque Belém com verba do QualiSUS e do Orçamento Participativo. Lá no Hospital Parque Belém, no andar térreo do primeiro pavilhão, existe toda uma infra-estrutura preparada para funcionar a Emergência, mais precisamente o Pronto-Socorro da Zona Sul. Só não foi implementado porque o Hospital solicita ao Governo Municipal um recurso de 200 a 300 mil reais mensais para poder suportar a implantação do Pronto-Socorro, que já tem toda a infra-estrutura preparada. Estou dizendo isso porque a Comissão de Saúde - presidida pela Verª Neuza, com a participação do Dr. Raul, do Dr. Sebenelo, da Verª Maria Celeste e deste Vereador - visitou o local, nós percebemos pessoalmente que este recurso seria exatamente para suportar os recursos humanos e o atendimento no seu dia-a-dia.

Pois bem, a Direção do Hospital esteve aqui na Casa solicitando a viabilização desses recursos. Por isso estamos encaminhando - temos repetidamente encaminhado, por vários anos - esta Emenda para aportar recursos, para de fato acontecer o Pronto-Socorro da Zona Sul, mais precisamente no Parque Belém. Até porque nós sabemos que, com a parceria que há entre o Hospital Moinhos de Vento e o Município, teremos em breve a implantação do Hospital da Restinga. Aquela região toda estaria suprida se atendêssemos a essas duas grandes demandas da população do Extremo Sul e da Zona Sul.

Como dissemos anteriormente, no Seminário elaborado lá no Parque Belém, que contou com a presença dos candidatos a Prefeito de Porto Alegre, também com inúmeros candidatos a Vereador, de diversos Partidos, todos não só apoiaram a iniciativa de implantar o Pronto-Socorro da Zona Sul ali no Parque Belém como assinaram o compromisso público lá e aqui na Câmara de apoiar iniciativas na Peça Orçamentária, para viabilizar o Projeto. E nós percebemos que esta Emenda de dois milhões de reais para o Parque Belém foi vetada. Foi vetada, por isso estamos discutindo aqui, dando destaque à Emenda, para ela ser votada novamente aqui no plenário.

Por essa razão, eu queria chamar à sensibilidade os nobres Vereadores e Vereadoras para que, de fato, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre possa demonstrar, claramente, que não podemos ficar somente no discurso. Nós temos, sim, que governar por toda a Cidade, por todas as regiões da Cidade. Não só o Conselho Municipal de Saúde está solicitando recursos e apoiando a iniciativa, como também os Conselhos Distritais, que querem e se manifestaram várias vezes publicamente para que o Governo possa implementar o Pronto-Socorro.  Então, estamos fazendo um apelo aqui aos nobres Vereadores e Vereadoras para que a Emenda nº 28 seja aprovada, assim sinalizaremos definitivamente que somos favoráveis ao Pronto-Socorro da Zona Sul. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 28, destacada, ao PLE nº 050/08.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, colegas Vereadores e Vereadoras, voltamos à tribuna, sim, para persistir em relação ao tema do Pronto-Socorro da Zona Sul. Voltamos à tribuna com esta Emenda inclusive para atender a uma solicitação do Líder do Governo, o Ver. Professor Garcia, que reclamou aqui na tribuna que a Emenda que tínhamos feito anteriormente, de 150 mil reais, para a elaboração do Projeto Pronto-Socorro da Zona Sul, solicitava pouco, que teríamos que ter uma verba de, no mínimo, 1,5 milhão de reais. E a proposta do Ver. Aldacir Oliboni apresentada aqui não é uma verba de 1,5 milhão de reais; é uma verba de dois milhões de reais, Ver. Claudio Sebenelo. O senhor veio até esta tribuna também para reclamar: a verba é de dois milhões de reais para o Pronto-Socorro da Zona Sul! Agora eu quero saber do senhor, como médico, que defende e luta pela Saúde, junto com o Dr. Goulart, junto com o Dr. Raul, lá na ilhas, cobram do Governo Federal o repasse do SUS, se esse recurso é válido ou não para que nós possamos não só desenvolver o projeto, mas iniciar o trabalho do Pronto-Socorro da Zona Sul? É esse o compromisso que nós queremos aqui, e a nossa Bancada o está trazendo para esta Casa.

Ver. Ismael, o senhor foi ao Hospital Parque Belém com o Onyx Lorenzoni defender o Pronto-Socorro da Zona Sul. E quero lhe dizer mais: está aqui uma segunda foto - hoje é o dia das fotos! (Mostra a foto.) Esta foto é do Deputado Onyx Lorenzoni, que foi lá, junto com a Bancada, que o estava apoiando, para a Prefeitura de Porto Alegre defender o projeto. Quem é que estava lá junto com eles? O PP, o DEM, que foram lá fazer essa defesa. Portanto, Ver. Ismael, agora é hora de o senhor mostrar o seu voto para a comunidade da Zona Sul e Belém Velho; diga-se de passagem, no ladinho da casa do nosso árbitro, que é o seu assessor lá, que mora em Belém Velho, que defende a comunidade, que participa da Câmara Técnica, defendo esse projeto.

Portanto, Ver. Professor Garcia, vimos aqui atender ao seu pedido no sentido de que 150 mil reais era pouco recurso, que a verba deveria ser, no mínimo, de um milhão e meio. Dois milhões de reais servem para investirmos no Pronto-Socorro da Zona Sul? Tem destino para o recurso? Tem. Então, aqui está a Emenda de dois milhões de reais, que é para ser investida no planejamento, na adaptação e transformação do Hospital Parque Belém em Hospital Pronto-Socorro da Zona Sul, alterando as formas de atendimento para o preenchimento das necessidades de socorrismo, em recursos humanos, com meios imprescindíveis para tais finalidades, em consecução e destinação de recursos financeiros, tanto para aprová-lo como para sua conservação no Plano Plurianual.

Diante disso, o que nós estamos trazendo aqui? Se não elaborarmos o Projeto e não formos ao QualiSUS buscar recursos para serem destinados ao Hospital Pronto-Socorro da Zona Sul... E o Plenário já está com essa análise, temos que ter um trabalho sério aqui. Afinal de contas, queremos ou não aquele Projeto? Alguém aqui faz projeto sem ter recurso? Não, não faz. Foi rejeitada a Emenda de 150 mil, Verª Maristela Maffei; agora, o Ver. Professor Garcia pediu uma emenda com valor maior, tinha que ser, no mínimo, de 1,5 milhão. Está aqui a Emenda da nossa Bancada: são dois milhões para que possamos trabalhar em conjunto o Pronto-Socorro da Zona Sul. Eu sugiro mais, Ver. João Carlos Nedel, que esteve conosco defendendo o Projeto do Pronto-Socorro da Zona Sul: que a Câmara aprove esta Emenda e convide o Hospital Parque Belém para vir aqui fazer uma nova Tribuna Popular para dizer: “A Câmara fez a sua parte, portanto vocês têm que fazer a parte de vocês, elaborar o projeto, protocolar no Ministério da Saúde, com o aval da Câmara e do Executivo Municipal”. Assim se constrói uma cidade com a participação de todos. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 28, destacada, ao PLE nº 050/08.

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo Sr. Presidente, nobres colegas, eu não precisaria vir aqui me justificar, mas, já que fui citado, acho que devo falar e não ao nobre Vereador, mas à minha base, pois obtive quase quatro mil votos, por ser Vereador desta Casa.

Eu acho que nós temos que entrar na real, como o nosso decano aqui fala, em relação a essas Emendas que estão vindo para o nosso Orçamento anual. Vamos parar, gente, com essa demagogia! Vamos parar de enganar o povo, de querer trazer aqui gente para bater palmas a projetos inviáveis. Vamos botar o pé no chão e trabalhar para frente. O Democratas estava lá naquela noite, mas não havia Deputado Federal do PT lá também? Não tinha candidato do PT também? Há cinco milhões de reais para trazermos de Brasília para cá para um projeto, e é pouco ainda para esse Hospital! É claro que nós queremos o Hospital, poxa! Por que o PT, por 16 anos aqui, não destinou dois milhões, a cada ano, para o Hospital? E vem agora fazer joguinho político? A política tem que avançar neste País, gente!

Se isso fosse possível, eu também teria feito essa Emenda! O nosso nome foi pontuado nas eleições pelo mesmo Vereador que falou aqui na duplicação da Av. Vicente Monteggia, foi de casa em casa levando os nomes dos seus colegas, que acharam, conforme a sua convicção, que aquilo também era uma demagogia! Vamos parar com isso! Vamos, cada um, assumir posição aqui, votar conforme a sua consciência, sem fazer política barata!

Era isso, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda n° 28, destacada, ao PLE n° 050/08.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, senhoras e senhores, com toda a certeza a Emenda do Ver. Aldacir Oliboni, destinando dois milhões de reais para o Hospital de Pronto-Socorro da Zona Sul, é uma ótima oportunidade que o Ver. Oliboni nos dá para discutir um tema do qual nós não podemos fugir, de forma nenhuma, Ver. Garcia, Líder do Governo aqui nesta Casa. Nós precisamos, nós todos, Vereadores, oposição e situação, trabalhar no sentido de ajudarmos aquele Hospital de Pronto-Socorro, que já está pronto - a sua estrutura já está toda pronta: duas salas para politraumatizados -, ele está todo muito bem montado, precisando apenas de um convênio para funcionar. Todos nós Vereadores somos responsáveis para que esse convênio seja feito e para que o Hospital da Zona Sul, tão necessário, seja colocado em operação.

Só que, Ver. Oliboni, com toda a certeza, pelo menos na opinião deste Vereador, não é com a simples destinação de dois milhões, por uma Emenda, que vamos viabilizar isso. Vossa Excelência, que é um homem inteligente, ligado ao campo da Saúde, sabe que não se faz o trabalho de um hospital de pronto-socorro simplesmente com uma Emenda. Existem várias formas de aportarmos recursos para o Hospital de Pronto-Socorro, uma delas é por intermédio, por exemplo, daquelas verbas que são votadas pelos nossos Deputados Federais. Há Deputados aqui de Porto Alegre que têm, cada um deles, oito milhões de reais para serem votados nos Orçamentos de todos os anos. Poderíamos fazer com que houvesse um empenho desses Deputados, para que, pelo menos, alguma coisa desses recursos pudesse vir para Porto Alegre, para o nosso Hospital Zona Sul. Eu acho que há muitos jeitos, mas o melhor deles é tentarmos continuar negociando com o Executivo Municipal, para que, por intermédio deste e da Secretaria da Saúde, nós realmente possamos ajudar no sentido de que esse Hospital de Pronto-Socorro preste socorro àquelas pessoas que mais precisam, que são aquelas pessoas que estão localizadas lá na Zona Sul da Cidade.

Acho que esta Emenda de dois milhões de reais ajuda apenas para que façamos esta discussão. Tenho certeza de que nenhum Vereador aqui, em sã consciência, acredita que é por intermédio desta Emenda que vamos salvar a situação do Pronto-Socorro da Zona Sul. Não é por intermédio dela; será por intermédio de uma discussão séria feita com a área da Saúde, com o Governo Municipal, que, com toda a certeza, assim como nós, Vereadores aqui, também quer que o Hospital de Pronto-Socorro da Zona Sul entre em funcionamento. Essa é uma obrigação nossa, é um compromisso de cada um de nós, de fazermos com que essa pressão seja feita, no sentido de que isso possa acontecer em prol daquela população da Zona Sul. Por isso não sou favorável e não fui favorável à Emenda do Ver. Oliboni, mas sou, Ver. Oliboni, favorável à próxima Emenda, que é de sua autoria. Como já disse aqui desta tribuna, sou favorável a que todos nós, Vereadores, possamos trabalhar com determinados segmentos da população, para tentarmos detectar aqueles que trabalham de maneira séria com essa área de Assistência Social, que é mal-assistida aqui em nosso Município, e não apenas agora; ao longo da história de Porto Alegre, essa área de Assistência Social nunca mereceu, por parte dos Governos, um tratamento melhor. Eu acho que é hora de nós, Vereadores, quem sabe, ajudarmos, com o conhecimento que nós temos, em nossas regiões.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação nominal, solicitada pela Bancada do PT, a Emenda nº 28, destacada, ao PLE nº 050/08. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 12 votos SIM, 14 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.

Em votação a Emenda nº 29, destacada, ao PLE n° 050/08. (Pausa.) O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 29, destacada, ao PLE nº 050/08.

 

O SR. ALDACIR OLIBONI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, todos nós estamos lembrados de quando aconteceu neste ano aquele chamado ciclone, quando tivemos parte da região de Porto Alegre completamente atingida, mais precisamente, Verª Maristela Maffei, a Vila dos Herdeiros.

A Vila dos Herdeiros fica na divisa de Viamão com Porto Alegre. Aquela área, Ver. Garcia, V. Exa. possivelmente não conhece. Ver. Garcia, V. Exa. possivelmente não conhece a Vila dos Herdeiros. A Vila dos Herdeiros está situada numa área verde; são quarentas famílias, e essas famílias ficaram isoladas devido às cheias que houve com o ciclone, atingindo a barragem ali do Saint-Hilaire, foram atingidas todas aquelas famílias e deslocados os dois pontilhões que há ali. A Comissão de Saúde e Meio Ambiente esteve lá e percebeu pessoalmente o extraordinário drama dessas quarenta famílias, que estão isoladas de Porto Alegre. Porto Alegre não é uma ilha, mas para esses cidadãos é uma ilha, porque não há acesso para, agora no Natal, por exemplo, chegar um fogão, chegar uma geladeira ou atravessar um carro para chegar até as residências.

É tamanha a ousadia do Governo, que, agora, recentemente, nessa visita da Comissão de Saúde, a SMOV não se fez presente. A SMOV não se fez presente! Nós, enquanto Comissão de Saúde, encaminhamos ao Ministério Público, e a SMOV disse, Ver. Professor Garcia, que era preciso destinar recursos na Peça Orçamentária. Nós fizemos aqui o que o Governo pediu, encaminhando recursos para construir essa ponte. Infelizmente, o Governo José Fogaça não é para os pobres; ele é para os ricos, é para aqueles que, de fato, não precisam se locomover para ir a um posto de saúde. O programa de reassentamento de habitação popular foi negado, inclusive, por essa Secretaria do DEMHAB em Porto Alegre.

Isso que estão fazendo aqui é um assassinato de quarenta famílias, que estão isoladas numa vila da nossa Cidade. É um desrespeito àqueles cidadãos que ali moram e que querem mais dignidade, Ver. Garcia. Vossa Excelência não conhece a vila, nunca foi lá,  porque, se tivesse ido, como foi o Ver. Sebenelo, que pode falar sobre isso, como o Dr. Raul, que foi e também sabe disso... Isso é um desrespeito àqueles que talvez nem título de eleitor têm para votar, por isso não são considerados cidadãos, eles podem ficar isolados lá do outro lado da ilha. É isso que o Governo quer e, depois, diz que é um Governo para todos. Isso é um desrespeito não só ao Vereador, não só aos Vereadores que têm aqui os seus votos, os seus eleitores, mas um desrespeito inclusive para o Relator desta matéria, que admitiu, que aceitou a Emenda! O Ver. Luiz Braz aceitou a Emenda! Mas o Ver. Garcia teve a grandeza, em nome do Governo, de destacar a Emenda para votar contrariamente! Eu não acredito que os Vereadores desta Casa vão votar contrariamente a quarenta famílias. Eu não acredito!

A Verª Maffei, que trouxe a comunidade aqui naquela época, sabe muito bem que estas galerias ficaram lotadas e que exigiam, dentre as reivindicações, o pontilhão, que até hoje não foi construído. Olhem só: isso em maio deste ano. Os senhores sabem como eles arrumaram a rua? Como colocaram o saibro na rua? Não foi o Governo que colocou. Quem comprou as toneladas de saibro foi a própria comunidade. Essas famílias estão numa ilha ou não estão numa ilha? Este Governo não tem a mínima sensibilidade.

Eu tenho certeza absoluta de que os Vereadores vão recuperar aqui a imagem do Prefeito, porque, senão, nós podemos rasgar o nosso diplomazinho de Vereador da Cidade. Estamos aqui para fiscalizar, para propor a inclusão de pessoas que estão excluídas, e elas não têm direito a um pontilhão para poder se deslocar das suas casas? É o fim! Sinceramente, a população tem razão de falar mal do Governo, e, se a Câmara não dá retorno, de falar mal da Câmara de Vereadores!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a Emenda nº 29, destacada, ao PLE nº 050/08.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, meu caro Ver. Aldacir Oliboni, inflamado Vereador desta Casa, evidentemente eu sempre afirmo que Vereador não tem que administrar a Cidade, tem é que examinar e acompanhar a execução orçamentária. Mas não vale a pena, de repente, também determinar uma verba “x” sem saber se essa verba vai vencer um vão de 15m com uma ponte de concreto, é claro, e mais uma passarela de mais de 15m também de concreto armado; talvez não se dê a importância aí colocada. Portanto, é melhor deixar a Administração executar as obras, mas o Vereador tem o direito de marcar audiência com o Prefeito, mostrar essa necessidade, e, como há verba para investimento, talvez não seja maior do que a proposta pelo Vereador, talvez dê para fazer.

Agora, é importante, sim, não há dúvida nenhuma - pelo que entendi, são quarenta famílias -, mas acho que não resolve o problema; acho que o melhor mesmo é conversar com o Prefeito, é procurar o Secretário de Obras, o Secretário do Planejamento e exercer a sua atividade de Vereador buscando, discutindo, lutando, mas não fazer no Orçamento, pois o Prefeito não é obrigado a executar porque simplesmente foi colocada uma verba. Eu já coloquei verba no Orçamento - por isso não faço mais - de 150 mil reais, isso no ano de 1994, para que os logradouros da Cidade fossem identificados com as placas. O Prefeito sancionou a lei que eu havia proposto e sancionou a Emenda; só não colocou as placas.

Portanto, brigamos aqui de graça. É melhor fazer um acompanhamento rigoroso da execução orçamentária; aí, sim, estaremos exercendo o grande papel do Vereador, que é, repito, o de fiscalizar a execução orçamentária. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 29, destacada, ao PLE nº 050/08.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Ver. Sebastião Melo, Srs. Vereadores, é com essas Emendas que temos que ter muito cuidado, porque a informação que temos da SMOV, Ver. Oliboni, é de que o pontilhão foi refeito, está pronto.

 

(Manifestação de Vereador.)

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Não, não, não! O que a comunidade fez? Foi feito um projeto, que estava tramitando, e, enquanto isso, a comunidade improvisou algumas tábuas, pelas quais daria para passar, por exemplo, uma carroça. Uma ambulância, Ver. Dib, se negou a passar por ali, porque senão cairia dentro do riacho, e tinha de passar para outro lado do riacho para um atendimento médico, para atender uma ocorrência. Agora, está refeito o pontilhão.

Fica muito fácil fazer esse tipo de Emenda e depois dizer que foi o Partido, como disse agora o Ver. Comassetto: “Vamos todos trabalhar juntos” Que maravilha! Se dessem as mãos e trabalhassem juntos, formidável; mas, no momento seguinte, há uma oposição que faz esse tipo de trabalho, sem querer compor, sem querer qualquer tipo de acordo. Quando vão para o microfone, dizem que vão negociar um por quatro. Por favor...! Aí, então, o que podemos fazer? Não podemos negociar, sob pena, talvez, de algumas pessoas da Bancada do Partido dos Trabalhadores quererem assumir a Prefeitura, o Executivo, adonando-se dos projetos para os quais nunca contribuíram.

E aqui quero dizer, por exemplo, que o Ver. Oliboni estava lá, mas estava uma vez, no último evento. Agora, quem estava lá na hora do ciclone era a Verª Maristela Maffei, era o Ver. Claudio Sebenelo; no dia seguinte fomos lá de novo e atendemos aqui a população, porque o Presidente Melo não estava, e eu, de Vice-Presidente, atendi a população. Fomos para lá, ficamos até à noite, tentando solucionar os problemas, tentando ser solidários, tentando, pelo menos, estar junto com aquela população. E foi o que fizemos nos dias seguintes. Então, quando eu chego lá naquela Vila, sou tratado pelo nome, porque as pessoas me conhecem. Eu gosto muito de dizer essas coisas aqui na tribuna, para que as pessoas não fiquem se adonando da ponte, que já está lá, e principalmente de um Projeto que foi feito, e o Claudio Sebenelo esteve, depois daquela reunião, na SMOV, na Prefeitura, pedindo o Projeto e a sua execução. Então, é por isso que peço aos senhores que hoje neguem voto a uma Emenda, pois vai haver muito engenheiro de obra construída. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Verª Maristela Maffei está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 29, destacada, ao PLE nº 050/08.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, em primeiro lugar, quero deixar claro que vou votar favoravelmente esta Emenda. Agora, acho que há algumas coisas que têm de ser recolocadas aqui. Na verdade, a questão do ciclone, quando ocorreu, foi, de fato - e aí eu não sou uma especialista na área, nem a mulher do tempo -, o local em que mais choveu na Cidade. Havia um problema de engenharia, um processo feito na barragem da Lomba do Sabão ocasionou um transbordamento, saíram os igarapés, e era levado tudo que tinha pela frente.

Na mesma noite, estivemos lá. Mas não é um fato para fazer demagogia, é uma obrigação, mesmo que eu não estivesse Vereadora, em termos de solidariedade. Todos nós que pudéssemos estar lá faríamos isso. Eu tenho certeza de que cada um dos 36 Vereadores, se soubesse, estaria lá. Mas não tinha telefone, foi um horror, tudo parou! E o que acontece? Na verdade, eu quero fazer um reconhecimento aqui à Defesa Civil e ao DEP, a quem eu chamo de primo pobre da Prefeitura. O Ernesto Teixeira foi incansável, e a Defesa Civil também. Agora, não sou favorável a que se construa uma nova ponte estruturada. Sou favorável à reconstrução enquanto eles estiverem lá. Quem mais falhou aqui se chama DEMHAB! Foi o candidato que prometeu à cidade de Porto Alegre o sonho da casa própria! Nós temos área para recolocar aquele povo, mas o DEMHAB não viabilizou! E, se ocorrer novamente um ciclone, vai acontecer a mesma coisa!

Agora, Sr. Presidente, eu gostaria de dizer, só para deixar gravado, que às vezes é fácil estar Vereador: tu pegas um ponto aqui, um ponto ali e vai lá numa determinada época... Aí é fácil ser Vereador, é muito fácil. Isso não é choro de quem não se reelegeu. É assim, infelizmente é assim. Quem tem muita estrutura ou faz muita demagogia em cima da desgraça alheia... Nós vamos continuar lutando.

Então, quero dizer que alguns órgãos da Prefeitura, sim, trabalharam; esta Casa foi a que mais esteve presente naquele momento. O Ver. Sebastião Melo nos recebeu, juntamente com a comunidade, que aqui esteve, vieram dois ônibus, a Clarice é a Presidenta, e designou a mim e ao Ver. Sebenelo a incumbência de irmos ao local. No mesmo dia, estivemos lá e não arredamos pé de lá enquanto a situação não foi resolvida. Toda a comunidade foi solidária, a Presidência também foi, faça-se justiça em relação a isso.

Agora, não venham para cá dizer que tem que construir ponte estruturada; tem é que tirar o pessoal de lá, pois é uma área de risco! É uma área de risco, e é uma irresponsabilidade dizer que tem que fazer, porque no outro dia vai estar ocupado novamente! Então, vamos ser responsáveis. Vou votar favoravelmente por uma questão simbólica, mas quero também deixar registrado que não pode haver tanta contradição. Área de risco é para lutar a fim de que as pessoas não voltem; nós temos área para reassentar. O erro... Tudo bem, é do centro do Governo, mas, em especial, daquele que prometeu o sonho da casa própria, ele, daqui a pouco, vai estar aqui sem ter cumprido com a sua responsabilidade, mas, na hora de pedir votos, estava lá. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Ervino Besson está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 29, destacada, ao PLE nº 050/08.

 

O SR. ERVINO BESSON: Meu caro Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e pelo Canal 16 da TVCâmara, quero saudar todos.

Ver. Aldacir Oliboni, estimado colega Ver. Aldacir Oliboni, pelo menos nas últimas palavras, no momento mais difícil da vida de um cidadão, de uma cidadã, ele lembra de um Ser: “Pelo amor de Deus, me ajude!”,  talvez sejam as últimas palavras, e parte para uma outra vida. E o Ver. Aldacir Oliboni representa, na sexta-feira Santa, esse Ser superior crucificado. Mas o meu querido Ver. Aldacir Oliboni cometeu hoje a maior injustiça que eu já vi ele cometer aqui nesta tribuna, quando falou, com muita clareza, que o atual Prefeito é contra os pobres. Meu amigo, V. Exa. não foi nada feliz com essa colocação: “O Prefeito José Fogaça é contra os pobres desta Cidade.”

Eu vou pontuar algo que o nosso Prefeito fez no seu primeiro mandato. E só quero lembrar a Vossa Excelência: o Conduto Álvaro Chaves beneficiou somente os ricos, Ver.  Brasinha? Ver. Aldacir Oliboni, pelo amor de Deus! Ver. Aldacir Oliboni, o Distrito Industrial da Restinga só beneficiou os ricos? Quer dizer que as empresas se instalam e colocam os ricos para trabalhar? O Shopping Popular, que é uma realidade, só vai beneficiar os ricos? Essas 32 creches que foram construídas são para ricos ou são para as famílias pobres, que têm condições de deixar seus filhos para irem trabalhar, para terem condições de sustentar suas famílias? Então, as creches foram somente para os ricos, Vereador? E o alvará na hora para os pequenos e médios empresários, que sofrem com a brutal carga tributária, que é a maior deste País? Pelo menos o Prefeito facilitou a vida dos pequenos e médios comerciantes, que dão emprego a muitas famílias, com esse alvará na hora; eles têm um ano para poder legalizar suas empresas.

Eu sei que V. Exa. está repensando o seu pronunciamento; infelizmente V. Exa. não está num dia muito feliz, Ver. Aldacir Oliboni. E as moradias populares? Quantas foram feitas? E são para ricos todas as moradias populares feitas? São para ricos essas moradias? São cinco mil moradias para ricos?! Hoje são 32 creches, e há uma programação, para o próximo mandato, para muitas creches. Não vou dizer que vai atender a todas as populações pobres que necessitam de creches para deixar seus filhos, mas o Prefeito vai construir muitas creches. A nossa área produtiva, Ver. Oliboni, foi recuperada por esta Administração. A respeito do nosso cinturão verde - a vida da cidade de Porto Alegre que estava esquecida por muitos de nossos Governos -, este Governo recuperou a credibilidade dos nossos produtores e deu emprego a muitas famílias. Isso é para rico, Ver. Oliboni?

Tudo isso que estou pontuando para V. Exa., que é um homem de bem, que é um belo Vereador... Sou obrigado, pela amizade que tenho por V. Exa., de alertá-lo para esse seu procedimento, V. Exa. foi infeliz, repetiu duas ou três vezes que o nosso atual Prefeito José Fogaça governa só para rico. É uma injustiça, Vereador. Eu tenho certeza que V. Exa. - conheço o Vereador, seu trabalho de luta pela nossa Cidade, pela nossa periferia - vai se redimir aqui na nossa tribuna, reconhecendo que cometeu um equívoco, Vereador, quando falou que o Prefeito Fogaça só governa para ricos. Convenhamos, não podemos concordar com isso, Ver. Oliboni.  Vossa Excelência, com todo o respeito, foi extremamente infeliz no seu pronunciamento no dia de hoje. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 29, destacada, ao PLE nº 050/08.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; colegas Vereadores e Vereadoras, Ver. Ervino, o senhor fez um discurso aqui defendendo o Governo do Prefeito Fogaça em todas as dimensões, só não falou na Emenda da ponte. O que estamos discutindo aqui é um conceito de Cidade, não tem nada a ver o Conduto Forçado Álvaro Chaves, que é uma obra projetada, organizada numa região consolidada da Cidade, para a qual a Administração Popular buscou recursos e que a Administração Fogaça realizou. Estamos discutindo aqui em relação às comunidades que estão em área de risco, e este Prefeito, com todos os seus Secretários e a sua base aqui da Câmara, não olha para esses momentos e as preocupações emergenciais, como é o caso, sim, dessa comunidade da Rua Rio Negro, que fica ao lado da Barragem da Lomba do Sabão, que  está isolada  e que, com as chuvas e as enchentes,  é uma comunidade de alto risco!

Portanto, Ver. João Antonio Dib, tem que se fiscalizar, é verdade, mas quem trabalha; quem não trabalha, não adianta fiscalizar - a gente tem que dizer que não trabalha! E, nesse caso das comunidades da periferia, o Governo Fogaça não trabalha! E quero dizer mais...

 

O Sr. Alceu Brasinha: Não trabalha?!

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Não trabalha, Ver. Brasinha. Ao senhor, que vai também buscar voto na periferia: convido-o a ir lá na comunidade da Rua Rio Negro, bem como lá na Martins, lá na Chácara da Fumaça, onde há uma ponte igual a essa, por onde não passa o carro de Bombeiros - incendiaram várias casas, e a própria comunidade teve de socorrer, retirando crianças, adultos, idosos. Foi desmontada a equipe das áreas de risco da Secretaria Municipal do Meio Ambiente! É uma lástima que o Ver. Beto Moesch não esteja aqui para justificar por que desmontou a equipe das áreas de riscos da cidade de Porto Alegre.

E digo mais: no ano passado, quando houve o ciclone aqui em Porto Alegre, a equipe da Prefeitura foi lá nessa comunidade, assim como foi lá na Dorival Castilhos Machado, no arroio do Salso,  o Prefeito foi lá e disse que em trinta dias, Ver. Ervino Besson - o senhor foi comigo naquela Audiência -, seria dragado o arroio do Salso, e até hoje não foi dragado o arroio do Salso. Está por vir um temporal, tomara que não venha, porque, se ocorrer isso, eu quero registrar, de novo, que essas comunidades - Dorival Castilhos Machado, Túnel Verde e da Ponta Grossa, lá da zona Norte, no Passo das Pedras - ficarão em baixo d’água, ficarão desabrigas, porque as obras não foram executadas!

E aí o que faz o Prefeito, neste momento, com o Secretário Tatsch? Vai para a imprensa dizer que o caixa está no azul, que há superávit orçamentário. Isso é mensagem “para inglês ver” e para aqueles que não conhecem o Orçamento. É mentir descaradamente, porque o Orçamento previsto para investimento é de 314 milhões, e a Prefeitura, em 2008, empenhou somente 140 milhões, tem um déficit de investimentos de 170 milhões, e há essas obras que não realizaram. E nem responderam aos Pedidos de Informações e aos Pedidos de Providências feitos aqui pela nossa Bancada e pelo Ver. Aldacir Oliboni. É isso, Ver. João Antonio Dib, que nós estamos discutindo. Fez-se Pedido de Providências, e não foi respondido uma, duas e três vezes, o que é isso? Ineficiência administrativa da gestão e das Secretarias responsáveis por isso - a SMOV, o DEP.

Portanto, recolocamos o tema aqui, sim, para dizer: se essas obras não forem executadas, essas comunidades estarão em risco; e o risco não poderá ficar sob a responsabilidade da Câmara e da nossa Bancada. Estamos propondo soluções, que dependem dos colegas Vereadores e Vereadoras. Muito obrigado, e votem em defesa daqueles que precisam e que estão em área de risco.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para encaminhar a Emenda nº 29, destacada, ao PLE nº 050/08.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu estava escutando o Ver. Aldacir Oliboni, o Ver. Comassetto, quem trabalha nesta Cidade, Ver. Professor Garcia? O Fogaça não trabalha?  Ninguém trabalha? Só quem trabalha são vocês? E por que vocês perderam o Governo? Por quê? Alguma coisa errada tem; o que está acontecendo? E mais ainda, Ver. Aldacir Oliboni: o senhor, que é representante de Jesus Cristo, pode perder seu cargo, pode perder, porque Jesus Cristo pode lhe dar cartão amarelo, e Deus o cartão vermelho! Porque é impossível, Vereador, o senhor ser um representante e julgar que as pessoas não trabalham. A SMOV, o DEP são as Secretarias que mais trabalharam neste Governo! A SMOV tem um Secretário que está atento a todos os problemas da Cidade, tem trabalhado, tem feito muito pela Cidade. Vocês não acham que ainda tem gente que não escuta a mídia, não lê? Quem sabe, só aqui vem a verdade, Ver. Luiz Braz? Parece que aqui os órgãos competentes da Prefeitura não trabalham! E eles que estiveram por 16 anos? Eles, que tiveram 5.844 dias no Governo, por que não resolveram? Por quê?

Nós não podemos ir por essa linha aí, gente! Jamais! Nós temos que pensar é no povo. E o Prefeito que está aí tem feito muito por Porto Alegre. Tenho certeza absoluta de que o Prefeito Fogaça está fazendo coisas que nunca foram feitas, nunca houve um Prefeito com a atitude dele, nem o Ver. Dib, com 999 dias, não teve a qualidade do Prefeito Fogaça pela Cidade! (Manifestações no plenário.)

Então, quero dizer para o senhor, Ver. Dib, que não é por mal, gosto muito do senhor, mas quero dizer que o Prefeito Fogaça tem essa linha, o Secretário tem a linha direta, tem trabalhado pela Cidade, tem feito muito pela Cidade. Se é problema, por que vamos fazer ponte onde há um problema sério? Para botar dinheiro fora? Não podemos! Nós temos, sim, que buscar o DEMHAB, para retirarmos essas famílias e botarmos num lugar seguro, isso sim, nisso eu voto favorável sempre! Mas nesta Emenda eu voto “não”!

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação nominal, solicitada pela Bancada do PT, a Emenda nº 29, destacada, ao PLE nº 050/08. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 09 votos SIM, 10 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES. Fica prejudicada a Subemenda.

 

O SR. ALDACIR OLIBONI (Questão de Ordem): Nobre Presidente, gostaria de saber da Mesa se cabe  renovação de votação.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Se couber, V. Exª tem que fazer um Requerimento formal para a próxima Sessão, correto? Esse é o procedimento, mas não sei se cabe, temos que analisar. A Presidência vai analisar.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, nós temos utilizado aqui na Casa, historicamente, a renovação de todo o Processo. A renovação não é nunca de parte - nós sempre usamos esse critério. Então, acredito que não seria cabível mudar agora.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Acredito que houve mudanças no Regimento sobre essa matéria, participei disso. Vou examinar quando o Requerimento chegar e tomarei a decisão lastreada no Regimento.

 

O SR. ALDACIR OLIBONI: Muito obrigado.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, gostaria de saber quantas Emendas faltam para ser votadas.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Faltam seis Emendas.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Quero fazer aqui dois registros e depois um encaminhamento. O primeiro registro é que a Bancada do PT e a Bancada do PCdoB se mantêm aqui, são elas, como oposição, que têm garantido o quórum para essa votação, porque a base do Governo, sozinha, não tem dado quórum para a votação - quero fazer esse registro.

O segundo registro é que, a pedido do Ver. João Dib, que fez um encaminhamento para que nós pudéssemos votar em bloco, a nossa Bancada se reuniu juntamente com a do PCdoB damos acordo para que as próximas seis Emendas possam ser votadas em bloco, em respeito ao Professor João Antonio Dib, nosso decano, que está com problemas de saúde e está aqui, porque outros que poderiam estar aqui não estão! Então, em respeito ao Ver. João Antonio Dib, a nossa Bancada e a do PCdoB dão acordo para que as próximas seis Emendas sejam votadas em bloco, para que possamos encerrar, ficando somente o Requerimento do Ver. Aldacir Oliboni para ser analisado.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Presidência agradece o encaminhamento.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Aldacir Oliboni, o Bloco de Emendas de nºs 30, 31, 32, 33, 40, do Ver. Aldacir Oliboni, e 34, do Ver. Carlos Comassetto, ao PLE nº 050/08. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO por 06 votos SIM, 15 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA:  Presidente, eu quero só registrar que terminamos de votar o Orçamento. Quero agradecer, de público, a Bancada do PT e a do PCdoB, que realmente deram o apoio nesse aspecto e, ao mesmo tempo, tiveram essa grandeza em  citar o próprio Ver. João Antonio Dib. O importante é que, depois de alguns dias, conseguimos levar a bom êxito o Orçamento, não como a maioria ou a totalidade queria, mas eu acho que Porto Alegre terá um bom Orçamento no valor de 3 bilhões e 247 milhões de reais. Eu queria fazer esse registro e esse reconhecimento. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Nobre Sr. Presidente, eu também gostaria de agradecer a gentileza da Bancada do PT, que resolveu aceitar a proposição que eu havia feito antes; mostraram solidariedade e responsabilidade. Saúde e PAZ para eles! (Palmas.)  

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Tendo cumprido rigorosamente, na Sessão Extraordinária, a votação do Orçamento, quero cumprimentar todas as Bancadas e dizer que, como Presidente da Casa, posso atestar que os Vereadores não têm faltado à sua Cidade. E aqui houve uma demonstração de que as disputas partidárias ficaram aparteadas numa matéria de alta relevância, que é o Orçamento da Cidade, e, quando se fala em Orçamento, fala-se numa Cidade melhor. Portanto, eu agradeço a todos e dou por encerrados os trabalhos da presente Sessão Extraordinária.

 

(Encerra-se a Sessão às 18h46min.)

 

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